segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O adulto e as tecnologias








Nosso mundo está repleto de modernidades tecnológicas: na indústria, no comércio, na agricultura, na pecuária, na medicina, na comunicação, na universidade, etc. Todo esse avanço tecnológico na contemporaneidade em que estamos inseridos nos proporciona mais dignidade e uma vida mais longa e confortável, encurtando distâncias e abrindo-nos um leque de possibilidades. Entretanto há um número muito grande de analfabetos e miseráveis. Numa face está a tecnologia, a inovação; na outra face a população adulta que não sabe usá-la, que nem a conhece. Essa ignorância implica em exclusão, diminuindo as possibilidades de trabalho, de busca por uma vida melhor, de luta pela igualdade.
É notório que, por si só, as tecnologias e mídias não garantem uma vida digna e qualificada para o adulto, mas, principalmente a forma crítica e ética de apreendê-la, refletí-la e utilizá-la.



"Quanto maior vem sendo a importância de tecnologia hoje tanto mais se afirma a necessidade de rigorosa vigilância ética sobre ela. No fundo, a educação de adultos hoje como a educação em geral não podem prescindir do exercício de pensar criticamente a própria técnica...Acho que o uso de computadores no processo de ensino aprendizagem, em lugar de reduzir, pode expandir a capacidade crítica e criativa...Depende de quem usa a favor de quê e de quem e para quê. (Paulo Freire)"


A educação de adultos, como a educação em geral, não pode abrir mão do ensino do uso da tecnologia, aumentando sua capacidade de pensar e de agir na sociedade, sua leitura crítica da realidade que o envolve. Essa leitura de mundo deve fazer-se de olho no futuro, contribuindo assim para a melhoria de vida, aumentando suas oportunidades de trabalho, de relações sociais, enriquecendo seu conhecimento, oportunizando o adulto a integrar-se, participando efetivamente da criação e recriação dessa história.
No uso das tecnologias, desenha-se um adulto aprendiz que interage; que troca saberes e informações; que se comunica; que descobre-se como sujeito e cidadão capazes, questionadores, trilhando caminhos em direção à luz.
Nessa interdisciplina, "Psicologia da vida adulta", vimos que a Fase Adulta há pouco tempo vem sendo estudada, percebida, entendida. As mudanças mundiais, sociais, tecnológicas podem constituir-se, na adultez, como motivação para novas aprendizagens, novas conquistas, dando-se conta de sua importância como ser humano e cidadão do mundo.



"a tecnologia é uma operação em conformidade com as coerências estruturais de
diferentes domínios de ações nas quais uma pessoa pode participar como ser
humano (...) o que pensamos que somos, forma recursivamente parte da dinâmica
sistêmica na qual vimos a ser e conservamos a identidade em que nós nos tornamos
(...) o que pensamos forma parte da rede de conversações que constitui o nosso
viver (...) em conformidade com o nosso emocionar entrelaçado com os nossos
afazeres no fluir de nosso linguajar (...) A evolução biológica não está entrando
numa nova fase com o crescimento da tecnologia e da ciência, mas a evolução dos
seres humanos está seguindo um curso cada vez mais definido por aquilo que
escolhemos fazer face aos prazeres e medos que vivemos em nosso gostar ou não
gostar daquilo que produzimos através da ciência e da tecnologia" (Maturana,
2001:187, 190).




Realizando esse Projeto temático sobre a tecnologia na vida adulta, estamos estudando e entendendo a adultez por mais um ponto de vista, percebendo o que ela busca em termos de futuro, como ela percebe e usa as modernidades tecnológicas, como constroem suas redes, como ajudam a delinear cooperativa e coletivamente a sociedade nessa perspectiva.






domingo, 19 de outubro de 2008

Gestão Democrática na Escola

No ano que passou, 2007, foi implantado na Escola Estadual de Ensino Fundamental Professora Clotilde Rosa (1º ao 5º ano) o Ensino de 9 Anos, com apenas uma turma de 1º Ano. Nesse ano de 2008, temos três turmas de 1º ano e duas turmas de 2º Ano. Continuamos com o Ensino paralelo de 8 anos, até sua extinção gradativa. Por esse motivo, estamos revendo nosso PPP e nosso Regimento para essa demanda. Por exemplo, uma das mudanças que ocorreram é o acompanhamento do professor de Primeiro ano no processo de alfabetização no Segundo ano da mesma turma.
Considero que nessa escola caminha-se num processo democrático e participativo e vejo isso claramente durante o final de cada trimestre:
Desde a construção comunitária de PPP da Escola, reformulamos o nosso Regimento Escolar e, consequentemente, o nosso Processo de Avaliação, que eu acredito ser bem democrático, já que toda a comunidade escolar é ouvida e envolvida no mesmo. Trimestralmente, pais, professores, alunos, funcionários avaliam a Escola e se avaliam. Todos nós realizamos com o administrativo, num momento determinado, essa tarefa social e comprometida de avaliação. Nossa Diretora estimula e proporciona esse momento de efetiva participação do CPM e do Conselho Escolar, promovendo muitas melhorias para toda a Escola.
Cada turma avalia, ao final do trimestre, junto à Orientadora Educacional o desempenho didático de sua professora, se está conseguindo aprender com ela, o que pode ser mudado, o que deve continuar, pois está dando certo; avalia o recreio, a merenda escolar, o modo como é tratada por todos os formadores, a sua disciplina e de outros colegas; dão sugestões.
É feita uma ata que é assinada por todos e, através da Diretora, seu conteúdo é repassado, revisto e refletido com os envolvidos que foram avaliados. É um bom exercício de cidadania. Assim é com os outros segmentos. Há uns oito anos é feito desse modo, provocando uma boa evolução em seus atores e muitas mudanças em prol do nosso coletivo educacional.
Somos muito bem trabalhados na questão da avaliação do desempenho do aluno, em reuniões pedagógicas e em reuniões de classes paralelas, bem como somos cobrados para redigir um Parecer Descritivo completo, correto e claro para o entendimento dos pais. O professor deve conversar com o responsável pelo aluno, juntamente com o aluno, em momento previsto no Calendário Escolar, durante três dias, incluindo um sábado. Se a família não comparecer ao Conselho Individual de seu filho, é escrito no Parecer descritivo desse aluno "Não foi possível realizar o Parecer Descritivo do Aluno porque sua família não compareceu ao Conselho Individual com a professora."
O aluno deve ser avaliado como único, respeitando seu ritmo, valorizando suas conquistas, procurando trabalhar concretamente os conteúdos e envolvendo as famílias nesse processo de construção do conhecimento de seus filhos.
O Parecer Descritivo do aluno só é concluído após esse conselho. Caso contrário fica em aberto, até que aconteça. Nesse parecer, temos o cuidado de não usar palavras negativas, que menosprezem a capacidade que o aluno tem de aprender, procurando ser o mais particular e menos passional possível.
Faço questão de falar da avaliação promovida nessa escola, porque, apesar de algumas falhas, é uma das mais democráticas que já testemunhei em escola pública. É a escola em que eu mais vejo o comprometimento dos pais, a partir dessa nova proposta avaliativa. Mas ainda falta um bom caminho a percorrer, por que tanto um bom número de pais, quanto alguns professores e outros que fazem parte de setores da escola ainda são resistentes e tementes às críticas e a ter que rever seus saberes e metodologias. Mexe com a zona de conforto, a comodidade e a vaidade de cada um.
São gestores guapos e bem formados, professores ousados e preparados, pais participativos, alunos valorizados que constroem o perfil democrático da Educação.


segundo GANDIN (2000), “... o planejamento deve alcançar não só que se façam bem as coisas que se fazem (chamaremos a isso de eficiência), mas que se façam as coisas que realmente importa fazer, porque são socialmente desejáveis (chamaremos a isso de eficácia)”.
PADILHA (2001) afirma que, “pensar o planejamento educacional e, em particular, o planejamento visando ao projeto político-pedagógico da escola é, essencialmente, exercitar nossa capacidade de tomar decisões coletivamente”.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Atividades sobre Geometria

Ontem, apresentei com um grupo de meus alunos de 1º Ano, da E. M. Cincinato Jardim do Vale, atividades exitosas que realizamos sobre Geometria, partindo do que estudei na Formação de Professores Municipais de Gravataí sobre Geometria e na interdisciplina Representação do Mundo pela Matemática (Eixo IV). Foi o encerramento dessas formações com os professores de 1º Ano, onde houve outras apresentações de outros colegas e de outras escolas. Meu planejamento:


O que diz os Parâmetros Curriculares Nacionais:

A geometria é parte importante do currículo de Matemática no Ensino Fundamental, porque, por meio dela, o aluno desenvolve um pensamento que lhe permite compreender,, descrever e representar organizadamente o mundo em que vive.
É um campo fértil para se trabalhar com situações problema pelos quais as crianças costumam interessar-se.
O educando ao trabalhar com noções geométricas é motivado a observar, perceber semelhanças e diferenças, observando regularidades e vice-versa.
As noções geométricas podem ser trabalhadas partindo da exploração do mundo físico, de obras de arte, pinturas, desenhos, esculturas e artesanato, permitindo à criança estabelecer relações entre as outras áreas do conhecimento.


Objetivos:

*Localizar objetos e pessoas no espaço;
*Descrever suas observações e conclusões usando sua própria linguagem;
*Perceber, classificar e seriar relações de tamanho e forma;
*Perceber formas geométricas em seu ambiente;
*Comparar as formas do espaço físico com as formas geométricas, não fazendo o uso da nomenclatura;
*Perceber semelhanças e diferenças entre os blocos lógicos e os sólidos geométricos;


Atividades:

1) Caixa surpresa com figuras dos Blocos Lógicos para serem descritas pelas crianças.
2) Localizando formas geométricas no ambiente.
3) Jogo com música: Ao parar a música, a criança que estiver com a caixinha de perguntas na mão retirará uma obedecendo às ordens de orientação espacial.
4) Classificando por semelhanças e diferenças (sólidos geométricos, blocos lógicos, outros objetos do ambiente).



Avaliação:

As noções geométricas informais que a criança traz para a escola funcionaram como referências para organizar a aprendizagem das crianças, por isso a importância de investigar que conhecimentos cada criança traz (longe, perto, maior, menor, lado, ponta, etc.).
Detectar as noções geométricas que o aluno ampliou ao final de cada atividade proposta, nunca esquecendo que nessa fase sua participação tem um caráter individual, cabendo ao professor a socialização das aprendizagens.
É muito importante que o professor tenha paciência e ofereça atividades diversificadas tendo claro que algumas noções podem levar algum tempo para serem construídas, mas devem ser construídas e retomadas a partir das vivências cotidianas da criança.

Um eterno processo de aprendizagem

A Epistemologia Genética de Jean Piaget, que estuda a gênese das estruturas cognitivas do indivíduo nos diz: “Toda as construções do sujeito servem de base às outras aprendizagens.” Está estruturada em estágios do desenvolvimento cognitivo que obedecem a uma ordem sucessiva constante, de idades variáveis.
Segundo Becker, o desenvolvimento cognitivo dá-se, também, na relação do sujeito com seu meio, mas é individual, não podendo ser confundido com nenhum outro.
Serão suas características cognitivas que demonstrarão em que estágio de desenvolvimento se encontra e sua relação com o objeto do conhecimento, sua maneira de pensar refletida no jeito que lida com os problemas da realidade interna ou externa.
Partindo desses saberes, considero-me um adulto em contínuo processo de aprendizagem não só como aluna do PEAD, mas em todas as minhas relações pedagógicas, sociais e afetivas que edifico com meus alunos, com seus pais, com meus colegas de trabalho e de faculdade, com as equipes gestoras das escolas onde trabalho, em casa como mulher, esposa e mãe de uma menina de nove anos. Posso dizer, sem sombra de dúvidas, essas aprendizagens e transformações não são das mais fáceis. Por quê? Porque muitas vezes essas relações envolvem questões minhas: ideologias, crenças, opiniões, limitações, experiências mal resolvidas, que me impedem, muitas vezes, de aceitar, diferenciar, coordenar, compreender, alcançar o raciocínio, as necessidades, as idéias dos meus alunos, de seus pais, dos colegas, dos meus professores e tutores do PEAD.
É um exercício enriquecedor e produtivo que eu, um sujeito, dizendo-me adulto, colocar-me no lugar do outro, decodificando suas idéias, suas entrelinhas, aceitando seu ritmo, suas crenças, suas idéias, dúvidas, limitações, necessidades e capacidades. Para chegar nesse patamar de madureza, preciso antes de tudo aprender a ouvir o outro, ter sensibilidade para percebê-lo, acolhê-lo, aceitá-lo, respeitá-lo. É um processo muitas vezes sofrido, porque toda a metamorfose é dolorida, exigindo-nos que deixemos cair por terra saberes enraizados, ultrapassados, ineficazes, propostas que aos outros não são interessantes. Por outro lado, em toda a transformação temos a oportunidade de evoluirmos, de nos superarmos.
No PEAD, por exemplo, ao mesmo tempo em que me dou conta do quanto sou limitada em certas aprendizagens, do quanto preciso ouvir e interpretar meus professores e tutores, compreender os conteúdos colocando-os em minha prática pedagógica e vice-versa, conscientizo-me das coisas boas e produtivas que realizo com meus alunos, com a ajuda de seus pais, dos colegas, da equipe gestora, colaborativamente. Nesses momentos de construção das minhas aprendizagens e das aprendizagens do outro, nesses momentos de conquistas e trocas, vejo que fui receptiva, coloquei-me no lugar dele, acompanhando seu raciocínio, aceitando suas verdades e diferenças.

"[...] a experiência de certeza é um fenômeno individual cego em relação ao ato cognitivo do outro, numa solidão que só é transcendida no mundo que criamos junto com ele" (MATURANA; VARELA, 2002, p. 22).



segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Federalismo, Descentralização, Democracia

Nos estados federativos, diferentes níveis de governo têm autoridade sobre a mesma população e sobre o mesmo território. O governo da união, os estados e municípios são independentes, são autônomos.
O Brasil é uma federação contemporânea, do tipo cooperativo, havendo formas de ações conjuntas entre esferas de governo e as outras unidades governamentais, autonomia de decisão e de autofinanciamento.
A Educação Básica no Brasil, na sua maioria, é mantida pelos governos estaduais ou municipais, sendo oferecida por pouquíssimas escolas federais. A união mantém atribuições de organização, de legislação, de normatização e planejamento. A gestão e grande parte do financiamento dessa oferta cabem aos governos estaduais e municipais. Portanto, a oferta educacional brasileira nasceu descentralizada. A descentralização da educação é a transferência das responsabilidades e atribuições da união para os estados e municípios. Os governos federal, estadual e municipal contam com recursos próprios ou transferidos, sendo previsto na Constituição a descentralização da gestão e a cooperação entre essas três esferas, que compartilham a responsabilidade pela oferta de educação escolar.
A Constituição Federal de 1988 determinava que os municípios devessem priorizar a educação Pré-Escolar e o Ensino Fundamental, enquanto que as prioridades de atuação dos estados não foram definidas. O financiamento do Sistema Federal de Ensino e a assistência técnica e financeira aos estados e municípios era compromisso da União. Cada esfera deve aplicar uma parte de seus impostos em educação: 18% são do Governo Federal e 25% são dos Governos Municipais e Estaduais.
a A reforma constitucional da área da educação redefiniu mecanismos de priorização financeira do Ensino Fundamental: 15% da receita de impostos dos estados e municípios estão vinculados à manutenção e desenvolvimento deste, surgindo o FUNDEF.
A Lei do Plano Nacional de Educação (2001-2010) estabelece objetivos e metas na Educação, trazendo claramente a contribuição das três esferas governamentais.
Segundo a LDB, os Estados e municípios são responsáveis pela elaboração de Planos de Educação. Participam da normatização da Educação: os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, cabendo ao Congresso Nacional elaborar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e outras leis de interesse nacional ou estadual.
A LDB (1996) prevê a existência dos sistemas federal, estaduais e municipais de ensino, que possuem suas responsabilidades compartilhadas entre si, devendo organizar-se em regime de colaboração, cabendo à União a coordenação da política nacional de educação sendo essas suas atribuições: elaboração do PNE em colaboração com estados e municípios; assistência técnica e financeira às outras esferas governamentais, o estabelecimento de diretrizes para a Educação Básica, com a colaboração dos estados e dos municípios, implementação de processo nacional de avaliação do rendimento escolar no Ensino Fundamental, no Ensino Médio e na Universidade.
Funciona o Conselho Nacional de Educação na organização da Educação Nacional, exercendo funções específicas às instituições do Sistema Federal de Ensino, incluindo os órgãos normativos de cada Sistema de Ensino podendo complementar as diretrizes nacionais, sem contraditá-las.
A Constituição Brasileira estabelece o regime de colaboração entre as esferas de governo público na organização e no funcionamento dos Sistemas de Ensino, que têm liberdade de organizar-se, respeitando a legislação vigente. Essa interdependência entre os sistemas não é uma subordinação; é um grande desafio que requer um fazer que saia dos artigos constitucionais para uma prática real, edificando cooperativamente a democracia que tanto almejamos.
Depois dos textos que estudei e o que tenho visto, lido, ouvido e testemunhado sobre a educação brasileira, posso concluir que a falta de exercício democrático e a estrutura hierárquica e vertical de nossa sociedade dificulta essa negociação entre o governo federal, estadual e municipal, bem como o clientelismo e os interesses partidários.
As três esferas de governo devem demonstrar boa vontade política efetivando essa colaboração, promovendo: avaliação da capacidade real de atendimento de cada sistema de ensino, compromisso comum com a qualidade do ensino público e com a oferta de vagas para todos, evitando assim a imposição de decisões de uma esfera sobre a outra, a transferência de obrigações e a competição entre elas, garantindo uma efetiva participação da sociedade na Gestão Democrática da Educação, evitando práticas excludentes que não permitam a participação consciente e organizada de todos os segmentos envolvidos com a escola pública na busca de seus direitos.
Esse regime de colaboração na Gestão Democrática da Educação exige maturidade política dos governantes, exige o exercício dialógico do ouvir, negociar, assumindo o que foi acordado entre todas as instâncias, concretizando as ações que lhe competem.
Em muitos exemplos, que estão bem perto de nós, professores e gestores, mostram uma ação inversa que, também, negam a autonomia, a participação dos pais, dos alunos, da comunidade, uma prática pedagógica que desenvolva a criticidade e a cidadania dos aprendizes e a avaliação como um processo emancipatório.
A Democracia é uma prática social que envolve nossa participação política nas decisões de governo, reivindicando nossos direitos. A escola é um grupo de pessoas que deve identificar-se como cidadãos diversos com deveres e direitos iguais, responsável pelas transformações de sua realidade em prol do coletivo, sendo que seus representantes governamentais devem cumprir as decisões legítimas dessa maioria.
“Creio ser necessário que cada ser humano, para poder efetivamente participar da vida pública e política, se desenvolva em alguns aspectos que lhe dêem as condições físicas, psíquicas, cognitivas e culturais necessárias para uma vida saudável, e que o levem à busca virtuosa da felicidade, individual e coletiva. Entender a cidadania a partir da redução do ser humano às suas relações sociais e políticas não é coerente com a multidimensionalidade que nos caracteriza e com a complexidade das relações que estabelecemos com a mundo à nossa volta e com nós mesmos. Devemos buscar compreender a cidadania também em outras perspectivas.” (Ulisses F Araújo - Escola, democracia e a construção de personalidades morais)

A ação independente de cada Sistema de Ensino compromete o bom andamento do conjunto de ações pelo bem da EDUCAÇÃO e, consequentemente da dignidade social do POVO BRASILEIRO.