sábado, 27 de março de 2010

Uma nova história, um novo aprendizado

A partir do momento em que um professor assume uma nova turma a cada ano, inicia-se a escrita de uma nova e diferente história sobre um mundo singular, de identidade própria, permeado de anseios e expectativas, tanto por parte do aluno, de suas famílias, quanto por parte do professor.
Certamente, a cada nova história que começa a ser escrita pelos seus autores (alunos, escola, famílias, professor) esse professor jamais será o mesmo e nem pode ser o mesmo, porque, ao colocar seu olhar nessa nova turma e ao começar a escrever essa nova história, deve ter sempre em vista a necessidade de desenvolver a autonomia de seus alunos, não com o objetivo de formar figuras solitárias, individualistas e patéticas, mas com o objetivo de formar cidadãos colaborativos, solidários, respeitosos e amantes da humanidade. Lapidar pessoas que amem a sua vida e a vida dos outros é a mais linda e gratificante tarefa.
Tanto o professor, quanto seus alunos são os principais atores nesse processo de construção, de criação e de recriação da prática pedagógica na busca da excelência da construção do conhecimento ("Não existe docência sem discência"), exigindo do educador, do adulto, do mestre esse novo perfil pedagógico: qualificado, flexível, contemporâneo, partindo da realidade dessa nova gente, desse novo contexto humano, no qual deve inserir-se. Um professor capaz de desacomodar-se, de sair das mesmices, identificando a necessidade de uma prática interdisciplinar ricamente dialógica e estruturada.
Portanto, junta-se a tudo isso, a eterna busca de uma formação docente que vê a Pedagogia numa constante renovação, um eterno aprendizado numa perspectiva social, educativa e cidadã.




"É preciso que, pelo contrário, desde os começos do processo, vá ficando
cada vez mais claro que, embora diferentes entre si, quem forma se forma e
reforma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. É
neste sentido que ensinar não é transferir conhecimentos, conteúdos nem
formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um
corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se
explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se
reduzem à condição de objeto, um do outro." (Freire, 1996, p. 12).

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