"Nada lhe posso dar que já não existam em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo." (Hermann Hesse)
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Não aprendi a dizer adeus, mas até qualquer dia...
"Nada lhe posso dar que já não existam em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso é tudo." (Hermann Hesse)
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Eixo VIII - Estágio/Tecnologias/ensino-aprendizagem
3ª semana: (...) "Nesta semana, fomos ao Laboratório de Informática. Percebi, que a maioria das crianças não dominava a tecnologia, isto é, não tinha acesso a ela em suas casas. Então “puxei o freio de mão.” Estávamos jogando com a "Turma da Mônica" ( memória, sete erros, trocar roupas, colorir,etc.) Vou com calma. Não quero frustrá-los. Sei que chegarei “lá”."
4ª semana:"A turma trabalhou com a edição eletrônica de seus nomes e dos nomes dos colegas no Laboratório de Informática (LI). Combinamos que nossa atividade primeira seria conhecer um pouco desse editor, depois poderiam jogar o que escolhessem. Estavam excitadíssimos para jogar nos computadores. Tenho uma aluna chamada Camille que sabe tudo de computador, mesmo não sabendo, ainda, ler e escrever. Está sempre me assessorando junto aos colegas quando estamos no LI. Ela é "MEU BRAÇO DIREITO".
Realimentei coisas básicas como: usar o teclado, o mouse, procurar e clicar nos comandos do editor de texto, a escrever seus nomes, de suas mães e o meu. Perguntei se queriam trocar o tamanho da letra? "Sim." Que tal trocar o tipo de letra? "Eba! Eba! Ensina prô!". Vamos trocar a cor? "Vamo, vamo, prô!" "Oh! Que lindo! Quero também!" " Não tô conseguindo... Me ajuda sora". "Não acho as cores do meu..."
Depois, jogaram o que escolheram. Alguns meninos montaram as partes de um robô, outros queriam colorir desenhos, Jogo de Sete erros da Turma da Mônica, corrida de automóveis, etc. As meninas preferiram pintar desenhos ou trocar roupas, maquiar ou arrumar os cabelos de bonecas."
Referências bibliográficas:
LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora?. 12ª ed. São Paulo: Cortez, 2010.
MORAN, José Manuel. A educação que desejamos – Novos desafios e como chegar lá. 4ª ed. São Paulo: Editora Papirus, 2009.
MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T.; BEHRENS, Marilda Aparecida. Novas tecnologias e mediação pedagógica?. 17ª ed. São Paulo: Editora Papirus, 2010.
domingo, 14 de novembro de 2010
Eixo IX
"9.3.1 Indicadores para Avaliação do TCC: Apresentação Escrita Estrutura e Conteúdo
a) apresenta questão de investigação delimitada e objetivos coerentes;
b) desenvolve fundamentação teórica e métodos adequados à questão
e objetivos propostos;
c) constrói argumentos criativos e defende criticamente o seu ponto
de vista;
d) articula a análise com os aportes teóricos selecionados;
e) utiliza fontes diversificadas;
f) inclui resultados e discussão desses resultados (conclusões);
g) aponta as limitações do trabalho, questões em aberto e perspectivas
para trabalhos futuros.
Expressão
a) apresenta um texto bem estruturado, organizado e crítico;
b) evidencia linguagem clara e correção gramatical.
9.3.2 Indicadores para Avaliação do TCC: Apresentação Oral
a) apresenta organização e clareza na apresentação;
b) demonstra capacidade de argumentação e de análise/síntese;
c) observa o tempo estabelecido para a apresentação;
d) elabora adequadamente o material audiovisual para a apresentação;
e) evidencia conhecimento do tema nas respostas às perguntas realizadas "(p. 41 e 42, Orientações para o Trabalho de Conclusão de Curso)
Espero realizar uma boa defesa do meu trabalho.
domingo, 7 de novembro de 2010
Eixo 8 - Eletiva "Mídias e tecnologias digitais em espaços escolares"
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Resposta à questão da Tutora Patrícia em seu comentário na minha postagem "Letramento": " O que há em outros autores para sustentar sua argumentação?"
“O professor volta a ser o profissional que decide sobre um curso de ação com base em sua observação e seu diagnóstico da situação. É ele que deverá decidir questões relativas à seleção dos materiais, saberes e práticas que se situam entre o local, o aplicado e o funcional à vida dos alunos e da comunidade e o socialmente relevante, que um dia poderá ser utilizado para melhorar o futuro do próprio aluno e de seu grupo.”( Kleiman, p. 6, O conceito de letramento e suas implicações para a alfabetização)
Peixoto (et al, 2004) sobre o papel do "professor-letrador", ao analisar a prática do letramento pelo professor, destacou as seguintes ações de um professor-letrador:
1) investigar as práticas sociais que fazem parte do cotidiano do aluno, adequando-as à sala de aula e aos conteúdos a serem trabalhados;
2) planejar suas ações visando ensinar para que serve a linguagem escrita e como o aluno poderá utilizá-la;
3) desenvolver no aluno, através da leitura, interpretação e produção de diferentes gêneros de textos, habilidades de leitura e escrita que funcionem dentro da sociedade;
4) incentivar o aluno a praticar socialmente a leitura e a escrita, de forma criativa, descobridora, crítica, autônoma e ativa, já que a linguagem é interação e, como tal, requer a participação transformadora dos sujeitos sociais que a utilizam;
5) recognição, por parte do professor, implicando assim o reconhecimento daquilo que o educando já possui de conhecimento empírico, e respeitar, acima de tudo, esse conhecimento;
6) não ser julgativo, mas desenvolver uma metodologia avaliativa com certa sensibilidade, atentando-se para a pluralidade de vozes, a variedade de discursos e linguagens diferentes;
7) avaliar de forma individual, levando em consideração as peculiaridades de cada indivíduo;
8) trabalhar a percepção de seu próprio valor e promover a auto-estima e a alegria de conviver e cooperar;
9) ativar mais do que o intelecto em um ambiente de aprendizagem, ser professor aprendiz tanto quanto os seus educandos;
10) reconhecer a importância do letramento, e abandonar os métodos de aprendizado repetitivo, baseados na descontextualização.
Assim tenho procurado realizar minha proposta pedagógica como alfabetizadora da rede pública.
Compactuo com a visão de Paulo Freire:
"Aprender a ler, a escrever, alfabetizar-se é, antes de mais nada, aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto, não numa manipulação mecânica de palavras, mas numa relação dinâmica que vincula linguagem e realidade”. (Paulo Freire)
... e com a perspectiva de Tfouni:
“Enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupo de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de uma sociedade.” (1995, p. 20).
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Refletindo Marx e a Educação / meu papel social/ político na Escola
"... não se parte daquilo que os homens dizem, imaginam ou se representam, e também não se parte dos homens narrados, pensados, imaginados, representados, para daí se chegar aos homens em carne e osso; parte-se dos homens realmente ativos, e com base no seu processo real de vida representa-se também o desenvolvimento dos reflexos e ecos ideológicos deste processo de vida. Também as fantasmagorias no cérebro dos homens são sublimados necessários dos seu processo de vida material, empiricamente constatável e ligado a premissas materiais. A moral, a religião, a metafísica e a restante ideologia, e as formas da consciência que lhes correspondem, não conservam assim por mais tempo a aparência de autonomia... Não é a consciência que determina a vida, é a vida que determina a consciência. No primeiro modo de consideração, parte-se da consciência como indivíduo vivo; no segundo, que corresponde à vida real, parte-se dos próprios indivíduos vivos reais e considera-se a consciência apenas como a sua consciência" (MARX e ENGELS, 1982: 14).
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Letramento
“Alfabetize letrando sem descuidar da especificidade do processo de alfabetização, especificidade é ensinar a criança e ela aprender.O aluno precisa entender a tecnologia da alfabetização. Há convenções que precisam ser ensinadas e aprendidas, trata-se de um sistema de convenções com bastante complexidade. O estudante (além de decodificar letras e palavras) precisa aprender toda uma tecnologia muito complicada: como segurar o lápis, escrever de cima pra baixo e da esquerda para a direita; escrever numa linha horizontal, sem subir ou descer. São convenções que os adultos letrados acham óbvias, mas que são difíceis para as crianças. E no caso dos professores dos ciclos mais avançados do ensino fundamental, é importante cuidar do letramento em cada área específica.” (Magda Soares)
terça-feira, 12 de outubro de 2010
"O menino negro não entrou na roda..."
Relendo os textos da interdisciplina "Questões étnico-raciais na educação", estudados durante o Eixo VI, sinto-me mais madura, mais sensível, mais crítica, mais reflexiva, mais comprometida sobre essas questões em minha sala de aula.
Refleti a respeito da minha percepção sobre o aluno de cor de pele diferente e, principalmente, sobre o que tenho feito em prol da estima desse aluno para que alcance o sucesso de sua aprendizagem.
Vi o quanto tenho trabalhado positivamente, de maneira crítica e inclusiva, consciente de que o racismo, mesmo que cordial e silenciosamente, manifesta-se dentro da escola em ações de professores, alunos, funcionários, nos materiais pedagógicos, nos brinquedos, nos livros didáticos, inferiorizando cada vez mais o aluno negro, resultando na sua baixa aprendizagem na escola.
Tenho procurado caminhos para que minha ação pedagógica respeite cada vez mais as diferenças étnico-raciais buscando a melhor forma de abordar esses aspectos com minhas turmas de primeiro ano do Ensino Fundamental, sabendo que os fazeres escolares não são neutros e devem sensibilizar e conscientizar os alunos para o cooperação, para a liberdade de expressão, para a alta da estima de todos, deixando desabrochar o gênio, o cidadão competente e crítico, o homem bom e digno que está dentro de cada criança.
“É o saber da história como possibilidade e não como determinação. O mundo não é. O mundo está sendo. Como subjetividade curiosa, inteligente, interferidora na objetividade com dialeticamente me relaciono, meu papel no mundo não é só o de quem constata o que ocorre, mas também o de quem intervem como sujeito de ocorrências. Não sou apenas objeto da história, mas seu sujeito igualmente. No mundo da história, da cultura, da política, constato não para me adaptar, mas para mudar”. (Paulo Freire, 1999,p.85-86).
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Vale a pena ver de novo: Eixo IV
“A relação com o saber é o conjunto das relações que um sujeito mantém com um objeto, um “conteúdo de pensamento”, uma atividade, uma relação interpessoal, um lugar, uma pessoa, uma situação, uma ocasião, [...], ligados de uma certa maneira com o aprender e o saber; e, por isso mesmo, é também uma relação com a linguagem, relação com o tempo, relação com a ação no mundo e sobre o mundo, relação com os outros e relação consigo mesmo enquanto mais ou menos capaz de aprender tal coisa, em tal situação.” (Charlot,2000:81)
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
"Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante..."
Era início de curso. Eu, apanhando das tecnologias por ignorância e medo de ser reprovada na Interdisciplina, assustei-me com a proposta, pois não sabia nada sobre esse programa utilizado para edição e exibição de apresentação gráfica. Não sabia nem começar mesmo lendo e relendo as referências bibliográficas oferecidas no Rooda pela equipe docente sobre o assunto.
Pedi ajuda à uma jovem amiga que tinha uma estreita relação com o computador. Prontamente, ela veio até a minha casa e juntas colocamos no programa o esboço da minha idéia.
Realizei esse trabalho bem simples, mas muito sincero e emocionado sobre “As tecnologias na minha vida e na minha prática pedagógica”:
Quero refletir sobre minhas palavras em um dos slides:
As tecnologias me abriram as portas para:
*Comunicação virtual;
*O enriquecimento virtual do meu saber pedagógico;
*O relacionamento interativo com meus professores e colegas;
*O domínio paulatino do computador e de tudo que ele possa me oferecer como pessoa e como profissional da educação;
*Explorar e pesquisar na Internet;
*Conhecer e usar essas tecnologias, construindo aos poucos o meu saber virtual;
*Refletir sobre o uso das tecnologias na educação e na minha rotina pedagógica.
Durante algum tempo depois, neguei-me a chegar perto desse programa como se não tivesse aprendido nada com minha amiga Gabi. Mas o tempo passou, como tudo passa, até nossos “traumas”. Continuei a exorcizar meus medos, lutando para me apropriar das tecnologias e, um dia, encarei novamente esse programa de apresentações de trabalhos sem a obrigação de concluir uma atividade, mas como uma borboleta trabalhando pela conclusão de sua metamorfose.
Assim foi a minha dificuldade de trabalhar com meus alunos de 1º Ano no Telecentro que havia na escola municipal em que eu atuava no turno da tarde. Porém, minha hora chegou. Era uma lagarta novamente em transformação, sofrendo, mas encarando o novo. A Prô Borboleta levou seus aluninhos de 1º ano aos computadores e se surpreendeu ao vê-los tão íntimos deles e tão envolvidos nas atividades virtuais. Acabaram por ensinar a Prô Borboleta a voar vôos mais altos e a beijar flores mais exóticas.
Até hoje sofro metamorfoses e, podem ter certeza que, apesar das frustrações e limitações que encontro nas escolas públicas, tanto municipal quanto estadual, a minha metamorfose como prô borboleta é emocionante e enriquecedora porque estou aberta a transformar-me na interatividade com os saberes dos meus alunos, que me ensinam, diariamente, a não ter medo de ser feliz.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
"Mídias e tecnologias digitais em espaços escolares", eletiva que instigou-me na escolha da temática do meu TCC
Educar, atualmente, é uma ação que deve inserir o aluno às novas linguagens digitais, desenvolvendo suas capacidades sensoriais, colaborativas, relacionais e perceptivas. Especialmente, aqueles alunos cujas famílias não tem condições de oferecer-lhes esse acesso
Vivemos num mundo novo, fazendo parte de uma sociedade que valoriza a informação e a comunicação, em que a aprendizagem se dá em diversos lugares e de diferentes maneiras. As tecnologias digitais exercem uma notória influência sobre as crianças.
Portanto, é importante que nós professores façamos uma leitura crítica e pedagógica das mídias e tecnologias digitais, reconhecendo sua intencionalidade política, social, ética, psicológica e didática, permitindo a formação de cidadãos críticos, reflexivos, autônomos, criativos e colaborativos refletida no seu pensar e no seu agir no mundo.
“O educador autêntico é humilde e confiante. Mostra o que sabe e, ao mesmo tempo está atento ao que não sabe, ao novo. Mostra para o aluno a complexidade do aprender, a sua ignorância, suas dificuldades. Ensina, aprendendo a relativizar, a valorizar a diferença, a aceitar o provisório. Aprender é passar da incerteza a uma certeza provisória que dá lugar a novas descobertas e a novas sínteses.”(José Manoel Moran)
Percebemos a nítida influência das mídias e tecnologias no cotidiano infantil e o fato de muitos professores ignorarem o seu uso na Educação, surgindo, então, a necessidade das escolas preocuparem-se com a capacitação de seus professores, porque são os principais articuladores desse processo. Ao planejar para seu aluno, fazendo uso das Tecnologias da Comunicação e Informação, o professor deve estar capacitado à utilizá-las de maneira significativa, oferecendo-lhe possibilidades variadas do seu uso no processo de ensino-aprendizagem.
“A palavra-chave deste tipo de ensino é "interatividade". Trata-se da mudança de um ensino onde é limitado o papel do aluno na busca de informação e em que ele tenta se adaptar à informação existente, para um ensino em que a informação se adapta ao aluno, onde quer que este se encontre.” (Perrenoud, 2000)
Tal realidade exige-me, enquanto professora e cidadã, uma capacitação profissional que me auxilie a compreendê-la e a encarar pedagogicamente os desafios que se descortinam na minha rotina escolar para a formação de cidadãos que produzirão e interpretarão as novas linguagens nos dias de hoje e no futuro para o bem da humanidade. Sinto saber que muitos educadores estejam fora dessa oportunidade.
Ilustrando a importância da capacitação do professor trago nesse texto as palavras de Libâneo:
“Para isso, os cursos de formação de professores precisam garantir espaços para práticas e estudos sobre as mídias, sobre a produção social de comunicação escolar com elas e sobre como desenvolver competente comunicação cultural com várias mídias” (LIBÂNEO,2000,p.72)
Referencial teórico:
PERRENOUD, Philippe.10 competências para ensinar. Porto Alegre, Artes Médicas, 2000.
LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? . 4° Ed. São Paulo: Cortez, 2000.
http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/6950/educacao-para-a-autonomia-e-para-a-cooperacao
acesso em 26/07/2010
A realização dessa interdisciplina juntamente com os textos que li sobre esse assunto fizeram-me refletir sobre a necessidade de conhecer mais sobre as tecnologias na ação pedagógica de meus pares no espaço digital da escola.
É uma maneira também de mexer com o grupo, provocando novas discussões e caminhos para a nossa formação continuada.
Retornando
LIBÂNEO, Jose carlos - Adeus professor, Adeus professora?, Editora Cortez, 2010, 12ª edição
MORAN, José Manuel - A Educação que desejamos- novos desafios e como chegar lá, 2007, 1ª Edição, Ed. Papirus
MORAN, José Manuel; BEHRENS, Marilda Aparecida; MASETTO, Marcos T. - Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica, Editora Papirus, 2006, 12ª edição
PAPERT, Seymour. A máquina das crianças: repensando a escola na era da informática. Porto Alegre, Artes Médicas, 1994
"O educador continua sendo importante, não como informador nem como papagaio repetidor de informações prontas, mas como mediador e organizador de processos. O professor é um pesquisador – junto com os alunos – e articulador de aprendizagens ativas, um conselheiro de pessoas diferentes, um avaliador dos resultados. O papel dele é mais nobre, menos repetitivo e mais criativo do que na escola convencional." (José Manuel Moran)
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Trabalho de Conclusão de Curso
(…) a minha questão não é acabar com a escola, é mudá-la completamente, é radicalmente fazer que nasça dela um novo ser tão atual quanto a tecnologia. Eu continuo lutando no sentido de pôr a escola à altura do seu tempo. E pôr a escola à altura do seu tempo não é soterrá-la, mas refazê-la.(Freire, 19961).
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Trabalho em grupo em classes de alfabetização
É um momento importante de revisão também do professor sobre como foi desenvolvida a proposta e que mudanças seriam necessárias para a próxima atividade em grupo alcançar ou superar-se em seus resultados.
Um lembrete relevante quando falamos em crianças pequenas: Elas aprendem a se concentrar em uma atividade em grupo ou em qualquer outro tipo de atividade quando fazem aquilo em que estão interessados e quando os temas propostos são instigantes e adaptado à sua faixa etária.
“É claro que nem tudo deve ser feito de forma coletiva, pois são igualmente essenciais a exposição do professor e tarefas individuais de crianças e jovens, mas é preciso compor esses momentos articulando com coerência as ações pessoais e coletivas. Essa construção conceitual e afetiva depende do trabalho em grupo, em que se desenvolvem afinidade e confiança, identificam-se potencialidades e aprende-se com os demais. Com a diversificação do planejamento, são contempladas as diferentes necessidades e propensões dos alunos. Não só na rede pública, mas especialmente nela, os mais beneficiados por essa construção são os que vêm de contexto cultural limitado, sem outras oportunidades que não as da escola para a sua emancipação.” (Luis Carlos de Menezes- Revista Nova escola)
domingo, 30 de maio de 2010
Noção de tempo nas séries de alfabetização
http://chasqueweb.ufrgs.br/~slomp/piaget-textos1/piaget-ensino-de-historia.pdf
domingo, 23 de maio de 2010
Maurice Tardif e os saberes docentes (Referencial Teórico)
http://www.uniube.br/propep/mestrado/revista/vol05/13/resenhas/R-13-001-Final.pdf
http://www.webartigos.com/articles/23166/1/REFLEXOES-SOBRE-A-FORMACAO-OS-SABERES-E-AS-PRATICAS-DOS-PROFESSORES-NO-CONTEXTO-EDUCACIONAL-DO-SECULO-XXI/pagina1.html
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Dando segmento aos meus referenciais teóricos
"Oi Roselaine. Você cita os autores e as obras. Ok. Seria interessante que você pudesse citar um trecho (ou mesmo uma frase) de cada obra para que o leitor possa se localizar, entendendo qual idéia presente no texto você está utilizando aqui no projeto de estágio. Obrigado."
Por isso tenho dissertado sobre as idéias de cada autor por mim citado nessa página fazendo elos relevantes entre a teoria e a minha prática pedagógica. Nessa postagem discorrerei sobre o Dr Humberto Maturana:
Maturana explora o íntimo do ser humano através da análise de suas emoções, do amor, da amizade, do poder, da educação e da importância da linguagem, fascinado pelo mistério da vida. Segundo este famoso Biólogo Chileno, o ser humano pode lançar um olhar sobre sua emoção, refletindo-a, porque possui a linguagem. Quanto mais rápido se desenvolver sua consciência ecológica, por exemplo, mais forte será sua ação para a recuperação do planeta, levando-os a tomar drásticas medidas para a conservação do Planeta em que vivemos.
"(...) A conservação não é pela Terra, não é pela biosfera, é por nós.(...) O grande dom dos seres humanos é que podemos criar tecnologia, mas também, podemos detê-la, nos livrar das máquinas quando deixam de adequar-se ao que queremos. É uma questão de desejo." (Humberto Maturana)
Ao analisar a Ciência e a Filosofia, mostramos diferentes maneiras de pensar o conhecimento; uma visão de mundo assentada num paradigma, numa epistemologia, ao mesmo tempo em que agimos partindo de nossa história de vida. As reflexões de Maturana dizem respeito ao humano, e seu pensamento nos oferece uma oportunidade de construirmos um novo modo de questionar o ser real, o mundo, o observar e o conhecer, possibilitando-nos uma nova abordagem sobre nossa humanidade e sobre o nosso olhar sobre o outro. Compreendendo melhor o que ocorre em nós e entre nós: a linguagem, as emoções e a cognição.
Em seus estudos, Maturana sustenta que na evolução do homem as transformações do cérebro tem a ver com a linguagem. Não como a manipulação de símbolos, nem comunicação, simplesmente. As mudanças nas correlações internas do homem ocorem no decorrer de suas relações introspectivas, com os outros e com o meio. A linguagem surge no viver, no emocionar, no agir. Tudo se compõe a partir das emoções, confirmando que "não há ação humana sem uma emoção que a estabeleça como tal e a torna possível como um ato."(...) "Todo o sistema racional se constitui no operar com premissas previamente aceitas, a partir de uma certa emoção." (Maturana, 1998)
Ele afirma que o social surge de uma ação específica que é o amor, entretanto o amor e a emoção, para esse estudioso, não é o mesmo que sentimentos. O amor é a emoção que acontece na aceitação mútua, fundamentando o social.
Minha ação como ser humano, como ser social, como professor deve ser construída partindo de minha prática, na experiência de vida, sabendo-se que:
1. O conhecimento não se limita ao processamento de informações oriundas de um mundo, anterior à experiência do observador;
2. Os seres vivos são autores e autoprodutores, isto é, capazes de produzir seus próprios componentes ao interagir com o meio;
3. O ser humano por ser autônomo não se limita a receber com passividade informações vindas de fora.
Reforçando-se assim a idéia: Todo o conhecer é uma ação efetiva, permitindo ao ser vivo continuar sua existência no mundo que ele mesmo traz ao conhecê-lo, isto é, o ato de perceber constitui o percebido. O nosso encontro com/no emocionar do aluno acontece na conversação , no entrelaçamento de duas ações: o linguajar e o emocionar. Esse entrelaçamento se constrói na convivência, podendo facilitar ou dificultar a aprendizagem, dependendo das relações cotidianas e afetivas em que se baseiam.
"Educar se constitui no processo em que a criança ou o adulto convive com o outro e, ao conviver com o outro, se transforma espontaneamente, de maneira que seu modo de viver se faz progressivamente mais congruente com o do outro no espaço da convivência." (Maturana, 2002, p. 29)
Tenho uma grande responsabilidade, enquanto professora, pois meu aluno é um ser em formação que tem sua história de vida e eu um ser humano que também traz sua história, um profissional que tem escolhas a fazer, escolhas relacionadas a minha metodologia, à minha didática que incentive e propicie suas aprendizagens amorosas, que o ajude na edificação de uma sociedade solidária, baseada na coletividade, na cooperação, na emoção de aceitar o outro. São paradigmas indispensáveis ao convívio relacional. Que homem pretendo formar? Que homem estou formando? Produzo um fazer pedagógico que vai nos mudando/transformando juntos, em congruência, favorecendo espaços de convivência de aceitação e respeito mútuos?
Defendo um currículo que deve reorganizar-se no sentido de sensibilizar, de humanizar, de emocionar as crianças fomentando uma formação solidária e cooperativa, fundamentada no amor.
http://www.ufsm.br/gpforma/2senafe/PDF/016e4.pdf
http://www.antroposmoderno.com/antro-articulo.php?id_articulo=845
http://eixovpsicologia.pbworks.com/f/introducaomaturana.pdf
domingo, 9 de maio de 2010
Continuando a falar sobre meus referenciais teóricos
"[...] Alterou profundamente a concepção do processo de construção da representação da língua escrita, pela criança, que deixa de ser considerada como dependente de estímulos externos para aprender o sistema de escrita, concepção presente nos métodos de alfabetização até então em uso, hoje designados tradicionais, e passa a sujeito ativo capaz de progressivamente (re)construir esse sistema de representação, interagindo com a língua escrita em seus usos e práticas sociais, isto é, interagindo com material para ler, não com material artificialmente produzido para aprender a ler; os chamados para a aprendizagem prérequisitos da escrita, que caracterizariam a criança pronta ou madura para ser alfabetizada - pressuposto dos métodos tradicionais de alfabetização - são negados por uma visão interacionista, que rejeita uma ordem hierárquica de habilidades, afirmando que a aprendizagem se dá por uma progressiva construção do conhecimento, na relação da criança com o objeto língua escrita; as dificuldades da criança, no processo de construção do sistema de representação que é a língua escrita – consideradas deficiências ou disfunções, na perspectiva dos métodos tradicionais - passam a ser vistas como erros construtivos, resultado de constantes reestruturações." (Magda Soares)
Para as autoras, as crianças passam por diferentes hipóteses até apropriar-se da língua escrita. Baseados em conhecimentos prévios, essas hipóteses dependem das interações delas com as outras crianças e com os materiais escritos que circulam socialmente.
São esses os níveis pelos quais a criança passa até apropriar-se do sistema alfabético:
Pré-Silábico: A criança representa seu pensamento através de desenhos, onde o escrever para elas é o mesmo que o desenhar. Pode também representar seu pensamento através de garatujas ou rabiscos, não reconhecendo as letras do alfabeto e seu som. Ainda, nessa fase, pode conhecer algumas letras do alfabeto, mas as usa casualmente. Pensam "Para escrever precisa muitas letras". Relaciona que o nome das coisas estão proporcionalmente ligadas ao seu tamanho.
Silábico/ Silábico-Alfabético: Supõe que a escrita representa a fala, iniciando-se o processo de fonetização. Cada sílaba é representada por uma letra com ou sem sonoridade. Em frases, pode escrever uma letra para cada palavra. Escrita silábica sem valor sonoro. Escrita silábica com valor sonoro: TOMATE= TMT/ OAE; CAVALO= CVL/ AVO. Na escrita Silábica-Alfabética a criança pode escrever algumas vezes sílabas completas e outras incompletas, isto é, alterna a escrita silábica com a escrita alfabética: TOMATE= TMAT; CAVALO=CVALU; O MENINO ESTUDA DE DIA.=OMINIUISTUADIA
Alfabética: A criança faz a correspondência entre letras e sons, compreendendo que as letras e sons se articulam para dar forma as palavras. Escreve como fala, isto é, vê a escrita como cópia de sua fala, não percebendo, ainda a questão ortográfica: CÃO=CAUM; O CAVALO COMEU MUITO.= OKAVALUCOMEMUINTU
http://www.smec.salvador.ba.gov.br/documentos/espaco-virtual/tecendo-trama/TEXTO%202.2.%20%20REFERENCIAL%20TE%C3%93RICO%20DO%20CEB%20-%20%20EM%C3%8DLIA.pdf
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Referencial teórico de minha prática pedagógica
O primeiro autor e pesquisador que me fortalece na busca da construção do conhecimento de meu educando é Jean Piaget, enquanto Epistemólogo. Sua teoria explica como o indivíduo constrói o conhecimento, desde o seu nascimento, acontecendo quando ocorrem suas ações físicas ou mentais sobre os objetos que, provocando o desequilíbrio, resultam em assimilação ou acomodação, surgindo a construção de esquemas de conhecimento, que são estruturas cognitivas pelas quais os sujeitos organizam o meio intelectualmente. Essas estruturas modificam-se com o desenvolvimento mental, refinando-se à medida que a criança torna-se mais apta a generalizar estímulos.
Piaget considera que o processo de desenvolvimento é influenciado por fatores como maturação, exercitação, aprendizagem social e equilibração.
Os estágios do desenvolvimento humano
Piaget considera 4 períodos no processo evolutivo da espécie humana que são caracterizados "por aquilo que o indivíduo consegue fazer melhor" no decorrer das diversas faixas etárias ao longo do seu processo de desenvolvimento (Furtado, op.cit.). São eles:
• 1º período: Sensório-motor (0 a 2 anos)
• 2º período: Pré-operatório (2 a 7 anos)
• 3º período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos)
• 4º período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante)
Percebo que, na sua maioria, meus alunos estão no:
b) Período pré-operatório (2 a 7 anos): para Piaget, o que marca a passagem do período sensório-motor para o pré-operatório é o aparecimento da função simbólica ou semiótica, ou seja, é a emergência da linguagem. Nessa concepção, a inteligência é anterior à emergência da linguagem e por isso mesmo "não se pode atribuir à linguagem a origem da lógica, que constitui o núcleo do pensamento racional" (Coll e Gillièron, op.cit.). Na linha piagetiana, desse modo, a linguagem é considerada como uma condição necessária mas não suficiente ao desenvolvimento, pois existe um trabalho de reorganização da ação cognitiva que não é dado pela linguagem, conforme alerta La Taille (1992). Em uma palavra, isso implica entender que o desenvolvimento da linguagem depende do desenvolvimento da inteligência.
Todavia, conforme demonstram as pesquisas psicogenéticas (La Taille, op.cit.; Furtado, op.cit., etc.), a emergência da linguagem acarreta modificações importantes em aspectos cognitivos, afetivos e sociais da criança, uma vez que ela possibilita as interações interindividuais e fornece, principalmente, a capacidade de trabalhar com representações para atribuir significados à realidade. Tanto é assim, que a aceleração do alcance do pensamento neste estágio do desenvolvimento, é atribuída, em grande parte, às possibilidades de contatos interindividuais fornecidos pela linguagem.
Contudo, embora o alcance do pensamento apresente transformações importantes, ele caracteriza-se, ainda, pelo egocentrismo, uma vez que a criança não concebe uma realidade da qual não faça parte, devido à ausência de esquemas conceituais e da lógica. Para citar um exemplo pessoal relacionado à questão, lembro-me muito bem que me chamava à atenção o fato de, nessa faixa etária, o meu filho dizer coisas do tipo "o meu carro do meu pai", sugerindo, portanto, o egocentrismo característico desta fase do desenvolvimento. Assim, neste estágio, embora a criança apresente a capacidade de atuar de forma lógica e coerente (em função da aquisição de esquemas sensoriais-motores na fase anterior) ela apresentará, paradoxalmente, um entendimento da realidade desequilibrado (em função da ausência de esquemas conceituais), conforme salienta Rappaport (op.cit.).
Também chamado de estágio da Inteligência Simbólica . Caracteriza-se, principalmente, pela interiorização de esquemas de ação construídos no estágio anterior (sensório-motor).
A criança deste estágio:
• É egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, abstratamente, no lugar do outro.
• Não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é fase dos "por quês").
• Já pode agir por simulação, "como se".
• Possui percepção global sem discriminar detalhes.
• Deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos.
“Para os autores Jean Piaget e Constance Kamii (1990) a criança nessa faixa etária é capaz de desenvolver várias habilidades necessárias a construção da noção de número, como por exemplo: observar, contar, calcular, classificar, seriar. A partir dessas capacidades ela poderá ter condições de construir a inclusão hierárquica; conseguindo realizar atividades que demonstrem as quantidades. Num primeiro momento, elas ainda não conseguem especificar tipos, nomes e medidas, mas consegue memorizar, principalmente, as noções concretas, tornando-se fator importante para essa aprendizagem adquirir o
gosto pelos números e suas operações. A internalização do conceito de quantidade depende do nível mental que Jean Piaget (1998, p. 31) nomeia de “reversibilidade”, que é a capacidade de fazer, desfazer mentalmente a mesma operação.
“A criança não pode conceituar adequadamente o número até que seja capaz de conservar quantidades, tornar reversíveis as operações, classificar e seriar.” (Jean Piaget)
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Segundo a autora a internalização do conceito de numero depende do nível mental que Jean Piaget (1998) nomeia de reversibilidade. Reversibilidade é a capacidade de fazer, desfazer mentalmente a mesma operação. Para ele a criança não pode conceituar adequadamente o número até que seja capaz de conservar quantidades, tornar reversíveis as operações, classificar e seriar. Assim, o educando (a) constrói, no seu intelecto, a noção de número.
No livro de Constance Kamii, também estão registradas algumas das questões cruciais que desafiam especialistas, professores e pais em relação à aquisição e ao uso do conceito de número pelas crianças de 4 a 7 anos. A criança nessa faixa etária é capaz de desenvolver várias habilidades necessárias à construção da noção de número, como por exemplo: observar, contar, calcular, classificar, seriar. A partir dessas capacidades ela poderá ter condições de construir a inclusão hierárquica, que em síntese com a ordem dos números, poderá construir o número, conseguindo realizar atividades que demonstrem as quantidades. Kamii afirma que, se as crianças conseguem construir os pequenos números elementares ao colocarem todos os tipos de coisas em todos os tipos de relações, elas devem persistir ativamente neste pensamento para complementar a estruturações do resto da série.
http://andersonhigo.blogspot.com/2009/06/resenha-crianca-e-o-numero.html
"O direito à educação nunca será garantido por um clube de amigos e amigas da cultura, de animais de estimação ameaçados, de crianças de rua, e agora a mídia e os governos lançam a campanha amigos da escola! mais um capítulo de nossa longa história, de sua descaracterização. A educação escolar tratada como uma erra vadia, sem cercas, facilmente invadida por aventureiros. Qualquer um entende, palpita sobre a escola" (Arroyo, Miguel, 2000-p. 22).
"As políticas de formação e de currículo é, sobretudo, a imagem do professor (a) em que se justificam, perderam a referência ao passado, à memória, à história, como se ser professor (a) fosse um cata-vento que gira à mercê da última vontade política e da última demanda tecnológica... que se julgam no direito de nos dizer o que não somos e o que devemos fazer, de definir nosso perfil, de redefinir nosso perfil social, nossos saberes e competências... através de um simples decreto."( Miguel Arroyo, 2000 (p. 24).
"O fato de um adolescente não saber ler não quer dizer que ele parou de crescer; ele continua sendo um ser humano que cresceu como ser humano. Os seres humanos não param de crescer em sua mente, em sua socialização, em sua auto-estima, em sua identidade, ou na sua capacidade de interpretar o mundo, independendo de saber ler ou não. Se fosse assim, os analfabetos seriam criancinhas, e não são! Pode haver um analfabeto que é líder sindical, líder do bairro, que dá conta de trabalhar, de construir uma família, de amar, de ter uma visão do mundo, às vezes mais lúcida do que uma pessoa que sabe ler.Ou seja, o ser humano não pára porque sabe ou não sabe ler. Agora, a função da escola, a nossa função como educadores(as), é que ele saiba ler, mas no tempo em que ele está, não ignorando esse tempo. Não estaremos desmerecendo o direito à leitura, à escrita, estamos dando a esse direito concretude humana. O respeito a seu tempo humano, cultural, mental, social, identitário vale para toda proposta de formação. (Miguel Arroyo)
"O que importa é que os professores e todos os educadores percebam que trabalham com crianças, com adolescentes, com jovens e entendam cada vez mais isso, a tal ponto que cheguemos um pouco como acontece na área da saúde – não levamos nossos filhos crianças num geriatra, os levamos para um especialista da infância, um pediatra. Na área da saúde já agimos assim. Cada profissional tem que entender não só do coração, do pulmão, mas também dos ciclos da vida em que as pessoas se desenvolvem, como seres humanos. O que é normal na área da saúde deveria ser também na área da educação. Trabalhamos com seres humanos totais em tempos de formação de aprendizagem, de socialização e de desenvolvimento. Que sabemos da especificidade de cada tempo? Como respeitar cada tempo humano?" (Miguel Arroyo)
domingo, 25 de abril de 2010
Rotina diária da Turma 119

Rotina diária sujeita a "chuvas" e "trovoadas":
"O brincar é ferramenta essencial e necessária ao processo de desenvolvimento humano. O lúdico abrange o brincar e tem o mesmo sentido de infantil, diz respeito ao “inútil” do ponto de vista imediato, refere-se à atividade em si mesma que não visa algum outro fim, mas que tem grande importância no processo de desenvolvimento a longo prazo (KISHIMOTO)."
2. Hora do Conto:
Ao iniciar o ano letivo, lia diariamente um livrinho de literatura infantil para as crianças. Hoje, leio três vezes na semana. Repito a estorinha que agrada mais a eles em outro dia e é com essa estorinha que faço um Jogo Competitivo de Interpretação Oral entre dois grupos: Cada grupo escolhe um nome para si que é escrito no quadro de giz com letra palito ou letra imprensa ou letra cursiva. Tiram "Par ou Ímpar" para ver que grupo inicia o jogo. Feito isso, circulará no grupo uma caixinha com uma figurinha na sua tampa alusiva a estorinha com questões pertinentes à estorinha ouvida, enquanto toca uma música de cantores ou duplas da atualidade dos quais os alunos gostem muito (Vítor e Léo; Luan Santana, Régis Danese, Pe Fábio de Mello, Maria Cecília e Rodolfo, Tchê Garotos, etc.). Quando a música for cessada pela professora, o aluno que estiver com a caixinha na mão deve abrí-la, retirar uma questão e respondê-la. Respondendo-a corretamente dará ponto ao seu grupo que será colocado no quadro, abaixo do nome do grupo, caso contrário passará a oportunidade para o outro grupo. E assim por diante. Permito torcida ferrenha e emocionada a cada rodada, incentivos orais, mas não permito baixaria, vaias e apelidos que desmoralizem os colegas, podendo perder sua pontuação para o grupo ofendido. Todas essas regras foram discutidas antes da primeira vez em que coloquei essa brincadeira em ação e são levadas "ao pé da letra". O grupo vencedor deve vibrar com sua vitória, aplaudir o grupo perdedor. Cada componente do grupo ganhador ganhará dois pirulitos, por exemplo, sendo que um deve ser ofertado a um componente grupo perdedor com um abraço amistoso.
“ O ouvir histórias pode estimular o desenhar, o musicar, o sair, o ficar, o pensar, o teatrar, o imaginar, o brincar, o ver o livro, o escrever, o querer ouvir de novo ( a mesma história ou outra). Afinal, tudo pode nascer dum texto!” (ABRAMOVICH, 1995, p. 23)
3. banheiro e higiene:
Depois do brinquedo livre, levo-os em fila para o banheiro para fazer suas necessidades fisiológicas, se preciso for, para lavarem suas mãos com sabonete líquido e, finalmente, para passarem álcool gel em suas mãos. A Diretora Marelaine fornece para as turmas esse material de higiene.
4. lanche:
Geralmentè, às 9 h, uma das merendeiras traz para a sala de aula a merenda feita por elas na cozinha para os alunos que a solicitaram anteriormente como,por exemplo, cachorro-quente com suco verde; arroz-de-leite; suco de uva com pão-de-ló; lentilha com linguiça, salada de alface e beterraba; sucrilhos com/ sem leite, bolo de chocolate e suco de cenoura e laranja; feijão, arroz, molho de carne moída, salada de tomate e cebola, etc...
Também comem seu lanche de casa. Segunda-feira é o "Dia da Fruta" e sexta-feira" é o "Dia da porcaria" (salgadinhos, bolacha recheada , bala, etc.). Foi acordado com os pais na primeira reunião.
5. recreio: (10h 10min às 10h 25min)
Somente participam desse recreio os alunos do Pré, 1ºs e 2ºs, supervisionados pelo pessoal do administrativo (Diretora, Vice, Supervisora, Orientadora). Às 10h 30 min vão para o recreio os alunos dos 3ºs, dos 4º Anos e da 4ª série, supervisionados, também pelo pessoal do administrativo
6. As atividades pedagógicas são intercaladas ou realizadas nos espaços dessas atividades rotineiras, havendo uma atividade escrita ao dia.