Era início de curso. Eu, apanhando das tecnologias por ignorância e medo de ser reprovada na Interdisciplina, assustei-me com a proposta, pois não sabia nada sobre esse programa utilizado para edição e exibição de apresentação gráfica. Não sabia nem começar mesmo lendo e relendo as referências bibliográficas oferecidas no Rooda pela equipe docente sobre o assunto.
Pedi ajuda à uma jovem amiga que tinha uma estreita relação com o computador. Prontamente, ela veio até a minha casa e juntas colocamos no programa o esboço da minha idéia.
Realizei esse trabalho bem simples, mas muito sincero e emocionado sobre “As tecnologias na minha vida e na minha prática pedagógica”:
Quero refletir sobre minhas palavras em um dos slides:
As tecnologias me abriram as portas para:
*Comunicação virtual;
*O enriquecimento virtual do meu saber pedagógico;
*O relacionamento interativo com meus professores e colegas;
*O domínio paulatino do computador e de tudo que ele possa me oferecer como pessoa e como profissional da educação;
*Explorar e pesquisar na Internet;
*Conhecer e usar essas tecnologias, construindo aos poucos o meu saber virtual;
*Refletir sobre o uso das tecnologias na educação e na minha rotina pedagógica.
Durante algum tempo depois, neguei-me a chegar perto desse programa como se não tivesse aprendido nada com minha amiga Gabi. Mas o tempo passou, como tudo passa, até nossos “traumas”. Continuei a exorcizar meus medos, lutando para me apropriar das tecnologias e, um dia, encarei novamente esse programa de apresentações de trabalhos sem a obrigação de concluir uma atividade, mas como uma borboleta trabalhando pela conclusão de sua metamorfose.
Assim foi a minha dificuldade de trabalhar com meus alunos de 1º Ano no Telecentro que havia na escola municipal em que eu atuava no turno da tarde. Porém, minha hora chegou. Era uma lagarta novamente em transformação, sofrendo, mas encarando o novo. A Prô Borboleta levou seus aluninhos de 1º ano aos computadores e se surpreendeu ao vê-los tão íntimos deles e tão envolvidos nas atividades virtuais. Acabaram por ensinar a Prô Borboleta a voar vôos mais altos e a beijar flores mais exóticas.
Até hoje sofro metamorfoses e, podem ter certeza que, apesar das frustrações e limitações que encontro nas escolas públicas, tanto municipal quanto estadual, a minha metamorfose como prô borboleta é emocionante e enriquecedora porque estou aberta a transformar-me na interatividade com os saberes dos meus alunos, que me ensinam, diariamente, a não ter medo de ser feliz.